A ansiedade pode ser uma condição fisiológica ou patológica, e se refere a antecipações e temores de eventos desfavoráveis.
É considerada patológica quando ocorre fora de contexto ou de modo excessivo, assim causando sofrimento intenso ou limitações no cotidiano.
Os sinais e sintomas são diversos e podem se assemelhar a diversas patologias, especialmente devido aos sintomas físicos que podem surgir, por exemplo, palpitação e sufocamento. Centralmente existe uma dificuldade para atingir o relaxamento, uma tendência a antecipar eventos desfavoráveis ou catastróficos, assim como a sensação de nervosismo, ou seja, de estar à-flor-da-pele com dificuldade para conter as emoções.
Os reflexos dessa condição podem ser percebidos em pensamentos, afetos, comportamentos, podendo prejudicar também atenção, sono, apetite e a vida sexual. Vale destacar que ambientes conflituosos e a adaptação a algumas circunstâncias de vida podem servir como estressores e intensificar os sintomas transitoriamente.
O tratamento dos transtornos de ansiedade pode evitar o agravamento ou cronicidade do quadro clínico, o surgimento de comorbidades, por exemplo, episódios depressivos. Quanto às modalidades de tratamentos, envolvem acompanhamento psicoterápico, mudança de hábitos de vida e, em parte dos casos, uso de medicação. O tratamento pode ser individualizado com base no perfil do paciente no tipo de quadro clínico, assim quando o foco é a crise, busca-se alívio rápido dos sintomas, já naqueles em que os sintomas agudos foram controlados, o foco está na manutenção, ou seja, na estabilização plena do quadro e na prevenção de novos estados agudos.
Matheus Gregório Oliveira
Psiquiatra / CRM-AC 2.377 / RQE 771
